O MENINO DO CIRCO (CIRCUS BOY) Nº 23 - 1961 EDITORA BRASIL-AMÉRICA (EBAL) / Uma publicação primorosa trazendo para os quadrinhos, histórias adaptadas da série de Tv "O Menino do Circo". Uma publicação rara de se obter e objeto de desejo de muitos colecionadores de gibis antigos espalhados no país. são 36 páginas em preto e branco, sempre apresentando 2 histórias diferentes dos episódios da série de Tv. Na verdade, esta edição é a primeira de duas apenas publicadas pela EBAL, o que a torna mais rara ainda, pois pertence a 2ª série de Cinemin, que teve 35 exemplares lançados entre fevereiro de 1960 e novembro de 1963. De mensal, passou a ser bimestral à partir da edição nº 24 de janeiro de 1962, sendo justamente "O Menino do Circo" as duas últimas edições mensais publicadas, nºs 22 e 23 9acervo pessoal de coleção do TV a Lenha) respectivamente. Uma produção americana que teve como seu maior astro, o jovem ator mirim Mickey Braddock, alías, Micky Dolenz (o bateirista doido e que sempre aparecia com diferentes penteados nos episódios da série “Os Monkees”), foi filmada em preto e branco no ano de 1956, com 49 episódios de 25 minutos de duração em duas temporadas. Numa distribuição da Screen Gems, e dublada no estúdio da AIC – São Paulo, a série conta as histórias e aventuras do jovem Corky Wallace, que fica órfão quando seus pais caem de um trapézio. Desde então, foi adotado pelos funcionários do próprio circo em que seus pais trabalhavam. O Sr. “Big Tim Champion” (Robert Lowery ) é o proprietário do Burke & Walsh Circus e, juntamente com “Tio Johnny / Palhaço” (Noah Berry Jr.) e Peter (Gunn "Big Boy" Williams), estão sempre por perto do pequeno Corky para ajudá-lo em suas aventuras. A série começa com Corky aos 12 anos de idade. É um garoto esperto, valente, carismático e educado. De cidade em cidade, ele ajuda nas tarefas diárias do circo, principalmente cuidando de animais como o elefante “Bimbo”, uma das estrelas do circo. Assim se desenvolve a trama da série “O Menino do Circo”, um misto de aventura com faroeste, mostrando a rotina diária das pessoas que trabalham no meio circense. No desfecho de cada episódio, há sempre uma lição de moral para o público, como a pregação da paz entre o homem branco e os índios, e a devida atenção que um pai mesmo atarefado deve reservar ao filho. Para promover a série na época, Micky e Bimbo fizeram uma turnê pelos EUA, onde o pequeno ator chegou a tocar guitarra. Será que já era um sinal prematuro sobre a carreira do jovem atorzinho? Aqui no Brasil, a série foi exibida nos anos 60. Existem várias versões sobre qual emissora que lançou a série entre nós; alguns até arriscam como palpite a extinta TV Tupi. Em 1968, a TV Excelsior exibiu a reprise da série durante o horário vespertino. Nos anos 70, a TV Bandeirantes e TV Record de São Paulo também exibiram a série. Infelizmente nesta mesma década, as séries filmadas em preto e branco estavam perdendo espaço com a chegada das transmissões em cores e “O Menino do Circo” saiu do ar e nunca mais retornou. Veja que interessante algumas curiosidades da série: Durante as filmagens, os responsáveis pela produção acharam por bem alugar um circo de verdade, contratando profissionais do meio para encenar os espetáculos. Os americanos gostavam de números circenses, que eram frequentes na série. Micky Braddock estava crescendo rapidamente e não havia mais como interpretar um garoto de 12 anos, resultando então, no cancelamento da série. Cada episódio custava em torno de 30 e 42 mil dólares! O jovem ator Micky, ganhava 300 dólares por episódio. Cada episódio filmado durava cerca de 3 dias. Quanto ao fato do sobrenome usado ser outro, o ator mirim não quis utilizá-lo porque seu pai, George Dolenz, estrelou uma série chamada “O Conde de Monte Cristo”, ele não queria nenhuma associação ao trabalho do pai, adotando assim, o sobrenome Braddock. Esperar por uma reprise em alguma emissora de televisão, pode esquecer, acho muito difícil. Restam alguns episódios telecinados de 16mm nas mãos de colecionadores espalhados no país. Felizmente, um desses "caras" sou eu, rs! Essa é mais uma daquelas séries para ser vista junto da família, e sem prazo de validade. Bons tempos!
F I M
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