sexta-feira, 30 de setembro de 2016

GIBIS ANTIGOS (CLASSIC COMICS) - CAPITÃO Z ESPECIAL EM CORES - CAPITÃO AMÉRICA (CAPTAIN AMERICA) Nº 05 - 1973 EDITORA BRASIL-AMÉRICA (EBAL)


CAPITÃO Z ESPECIAL EM CORES - CAPITÃO AMÉRICA (CAPTAIN AMERICA) Nº 05 - 1973 EDITORA BRASIL-AMÉRICA (EBAL) / Esta série especial em cores de Capitão América, teve apenas 9 edições publicadas entre abril de 1970 e novembro de 1973, não tendo uma periodicidade regular, deixando vários fãs apreensivos quanto a sequência das histórias, pois a demora entre uma edição e outra, chegou a ser mais de 11 meses! Anteriormente a essa publicação, apresentando histórias com dois super-heróis Marvel em 36 páginas de uma única edição, Capitão Z em sua 3 série publicada pela EBAL, trouxe Capitão América e Homem de Ferro em 35 edições entre julho de 1967 e maio de 1970, e aí sim, em edições periódicas mensais. A 1ª série de Capitão Z, trazia aventuras de personagens em selvas, mar, espaço sideral, etc (1951 - 1953). A 2ª série apresentava personagens infantis e passatempos para a garotada mirim (1954 - 1961).









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GIBIS ANTIGOS E SÉRIES CLÁSSICAS DA TELEVISÃO (CLASSIC COMICS / CLASSIC TV SHOWS) - LANCELOT LINK, O AGENTE SECRETO Nº 02 (LANCELOT LINK SECRET CHIMP) - 1971 GOLD KEY COMICS / WHITMAN (WESTERN PUBLISHING COMPANY)






LANCELOT LINK, O AGENTE SECRETO Nº 02 (LANCELOT LINK SECRET CHIMP) - 1971 GOLD KEY COMICS / WHITMAN (WESTERN PUBLISHING COMPANY) - Uma produção de 1970 da ABC, essa série de 30 minutos de duração cada episódio, é uma sátira dos filmes de James Bond com as maluquices da série de TV “O Agente 86”, cujo ator Don Adams que interpretou Maxwell Smart, agente secreto da agência C.o.n.t.r.o.l.e. Seria talvez apenas mais uma série de espionagem produzida para a televisão, se não fosse o fato dos atores serem todos interpretados por Chimpanzés! Lancelot Link, é um convencido e atrapalhado agente secreto que trabalha para uma organização chamada A.P.E. (Agency to Prevent Evil), a serviço da rainha. Sua missão era enfrentar um grupo criminoso conhecido como C.H.U.M.P. (Criminal Headquarters for Underworld Master Plan). Com a ajuda da inteligente Mata Hari, Link consegue cumprir suas tarefas das maneiras mais confusas, sempre comandado pelo seu chefe Darwin. Entre os vilões mais conhecidos da série tínhamos: Dr. Strangemind, Wang Fu, O Barão, Ali Assassen e a Mulher Dragão. Uma das piadas do seriado era quando Lancelot perguntava a opinião do chefe sobre um caso: Qual a teoria, Darwin? Os cenários por exemplo, tinham de ser produzidos em escala. O ator Bernie Kopell, que interpretava o vilão Zigfreed em Agente 86, fazia as vozes de vários personagens. Era para ser um seriado infantil, mas acabou fazendo mais sucesso entre os marmanjos. Eles dirigiam carros, pilotavam aviões e tinham até uma banda de garagem chamada "The Psychedelic Evolution Revolution" que durante os episódios, apresentavam um número musical. A série teve 26 episódios e foi reprisada nos anos 90 no extinto canal a cabo TeleUno, com a respectiva dublagem antiga. aproveitando a onda de sucesso dos episódios na televisão, a empresa americana Gold Key Comics, publicou em 1971, uma série de quadrinhos com histórias do agente secreto em 36 páginas coloridas. A Whitman (Western Publishing Company) também chegou a lançar alguns exemplares em 1972, e que infelizmente no Brasil, não chegaram a ser licenciados e distribuídos por nenhuma editora da época.








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sábado, 24 de setembro de 2016

GIBIS ANTIGOS (CLASSIC COMICS) - SANTO EL ENMASCARADO DE PLATA (RODOLFO GUSMAN HUERTA) Nº 865 - 1977 / EDICIONES JOSE G. CRUZ (MEXICO / CHILE / VENEZUELA / ARGENTINA)


SANTO EL ENMASCARADO DE PLATA Nº 865 - 1977 / Aqui no Brasil, ainda na década de 60, e diferentemente do MMA cuja mistura de artes marciais é associada ao UFC, Pride, K-1, Bushido, Dream, Bellator, Strikeforce entre tantos outros eventos de combates sangrentos de alguns anos atrás e atuais, já tínhamos nossos heróis e vilões eleitos pelo público telespectador, e fã assíduo das lutas que aconteciam aos sábados à noite pela Tv Globo, sempre no horário das 20h, tinha inicio: Telecatch Montilla, trazendo uma galeria de heróis e vilões atletas, no puro estilo da luta livre! durante dois anos no mesmo horário e canal, entre 04 de março de 1967 (data da estréia), e 27 de setembro de 1969 torcíamos loucamente por Ted Boy Marino, o "mocinho" dos marmanjos e o "garotão galã" das mocinhas de plantão! A febre teve inicio à partir daí, Na verdade, o programa foi criado pela Tv Excelsior em 1965 até 1966 anteriormente, foi parar na Globo, e após esses dois anos de vida e líder de audiência na emissora, mudou de casa novamente, desta vez, na Tv Tupi, onde ficou até 1972. Mas não pensem que parou por aí não, claro que não! O evento de lutas, também foi exibido na Tv Bandeirantes, Tv Record, Tv Cultura, Tv Gazeta, e Tv Manchete, com denominações referentes ao evento, como "Reis do Ringue", Campeões do Treze", "Astros do Ringue", "Gigantes do Ringue" entre outros eventos.



As publicações a respeito, geralmente acontecia em páginas das revistas mais badaladas da época, em especial, com matérias específicas na InTerValo, que nada mais era do que um guia de programação televisivo no final da revista, com paginas recheadas de fotografias e textos sobre a Jovem Guarda, seriados e desenhos da Tv, novelas e fofocas em geral. Gibis ou revistas do genero, não ocorreu e me surprende muito, devido ao sucesso que teve o evento. Em contra partida, o principal gibi de uma nova era, estava surgindo, “Santo, el Enmascarado de Plata”, cujo primeiro número surgiu no ano de 1952. O título trazia o famoso lutador de “catch” criado em 1942 pelo atleta Rodolfo Guzmán Huerta. Tudo começou com o desenhista e roteirista mexicano, José Guadalupe Cruz Diaz (mais conhecido como José G. Cruz), ficou popular devido a seus quadrinhos “fotográficos”, em especial e justamente, os da série “Santo, o Mascarado de Prata”. Crescido durante a revolução mexicana, começou profissionalmente aos 18 anos, fazendo historietas como “Adelita y las Guerillas”, em revistas como “Paquín”, “Paquita” e “Pepin”. A partir de 1943, Cruz começou a usar uma técnica de fotomontagem nos seus quadrinhos, que consistia em fotografar modelos para compor os personagens principais, como numa fotonovela, e colar essas fotos num cenário desenhado por ele. Essa técnica era usada por ele em séries como “Ventarron”, “Percal”, “Carta Brava”, “Tango”, “Tenebral”, “Malevaje” e “Dancing”.



A partir de 1947 Cruz começou a trabalhar também no cinema de seu país. Em pouco tempo ele se tornou o primeiro "quadrinhista" independente do México e fundou, em 1952, sua própria editora, a Ediciones José G. Cruz. Já, o protagonista de carne e osso dos quadrinhos, Rodolfo Gusman Huerta, nascido em 23 de setembro de 1917, conhecido mais popularmente como El Santo, era mexicano, lutador profissional de Wrestling, ator e um personagem folclórico no México. Santo, juntamente com Blue Demon e Mil Máscaras, é um dos ícones mais famosos dos lutadores mundiais de wrestling, e foi considerado como uma das maiores legendas do esporte mexicano. Sua carreira como Wrestler se estendeu por quase cinco décadas, durante a qual se transformou num herói popular e um símbolo da justiça para o cidadão comum em suas aventuras retratadas em revistas em quadrinhos e filmes. Sua popularidade é comparada a de Hulk Hogan nos Estados Unidos e Rikidozan no Japão. Nascido em Tulacingo, no estado mexicano de Hidalgo, filho de Jesus Campuzano e Josefina Huerta Márquez, sendo o quinto de sete crianças, Rodolfo chegou na cidade do México no início dos anos de 1920, onde sua família se estabeleceu nas vizinhanças de Tepito. Na juventude praticou o baseball e o futebol americano, mas logo se interessou pelo wrestling ou luta-livre. Na verdade iniciou-se no jiu-jitsu e logo após se voltou para o wrestling clássico. Há divergências quanto ao local e data de sua primeira competição oficial de wrestling.

Alguns relatam que foi na arena de Peralvillo Cozumel no dia 28 de junho de 1934 aos 17 anos completos, outros afirmam que foi no Deportivo Islas na comunidade de Guerrero, da cidade do México em 1935. Mas foi na segunda metade dos anos de 1930 que ele se firmou como wrestler usando os nomes de Rudy Guzman, El Hombre Rojo (O Homem de Vermelho), El Demônio Negro (O Demônio Negro) e El Murcielago II (O Morcego II). O último nome era uma “carona” da fama de Jesus Velazquez, famoso lutador de wrestler, conhecido como El Murcielago Velasquez, (O Morcego Velasquez) que era a sensação da época. Depois de uma apelação imposta à Comissão de Boxe e Wrestling mexicanos, o corpo regulatório proibiu à Guzman usar o nome de Murcielago II. Decepcionado com a decisão e ainda mais abalado com a morte de seu pai, Guzman quase abandona o wrestling. No final dos anos de 1940, Rodolfo Guzman casou-se com Maria de los Angeles Rodriguez Montaño, chamada de Maruca, uma união que produziu dez filhos, bem divididos entre cinco homens e cinco mulheres. Destes, o caçula Jorge, se transformou num wrestler com certa fama por seus próprios méritos, conhecido como “El Hijo del Santo” (O Filho de Santo). Para se ter uma idéia do que o nome “Santo” representa no México, um dos netos de Guzman (que não era filho de Jorge) obteve certa fama lutando com o nome “El Nieto del Santo” (O Neto de Santo), o que fez Jorge entrar com uma ação legal contra o uso do nome do pai.


Assim, El Nieto de Santo mudou seu nome de guerra para Axxel, mas o público ainda o trata como o Neto de Santo. Em 1942, o empresário de Guzman, Don Jesus Lomeli, juntou uma nova equipe de wrestlers, todos vestidos de prata, e Rodolfo Gusman foi convidado a fazer parte dela. Foi sugerido três nomes a Guzman, El Santo (O Santo), El Diablo (O Diabo) e El Anjo (O Anjo). Guzman escolheu El Santo. Em 26 de lulho de 1942, Rodolfo Guzman debutou como Santo, el Enmascarado de Plata, para a Empresa Mexicana de Luta Livre, num confronto contra El Lobo Negro, no qual incrivelmente Santo foi desclassificado por desferir chutes nas partes baixas do adversário e aplicar golpes proibidos pelo regulamento. Nunca se havia desclassificado um lutador no México até aquele dia, Santo era muito rude e afoito, e não ainda não tinha refinado seu estilo de luta. No decorrer da carreira e graças a sua agilidade e versatilidade, ele desenvolveria um estilo único de luta que o tornaria muito popular. Após o desastre da estréia, Santo se recupera e arrasa com os melhores wrestlers da época, como Bobby Bonales la Maravilla Moreliana e Jesús el Murcielago Velásquez. Vieram vitórias e mais vitórias. El Santo se torna um rolo compressor, tornou-se campeão nacional welter e campeão nacional dos pesos médios.

Tudo corria bem, até que na inauguração do monumental coliseu La Arena, o ainda rude e novato El Santo enfrenta seu grande ídolo e rival, El “Tarzan” López, simplesmente o campeão mundial dos pesos médios. El Tarzan com sua vasta experiência e técnica, derrota El Santo aplicando-lhe duas quedas no tablado. A derrota foi dolorosa para Santo que estava se sobressaindo na carreira até então, mas serviu para que ele repensasse e avaliasse que em competições ninguém pode se achar infalível. Os anos se passaram e a fama de Santo crescia; em 1944 formou uma dupla com El “Gori” Guerrero, uma dupla que arrasava com quaisquer adversários que surgiam pela frente. A dupla foi desfeita após derrotarem facilmente El Tarzan López e Pilusso. Os ano de 1950 marcaram Santo definitivamente; primeiro pelo falecimento de sua mãe Dona Josefina Huerta de enfarto; e em 1951, o artista e editor José G. Cruz, começou a produzir uma revista em quadrinhos de El Santo, baseando-se pela influência de seu caráter na cultura popular mexicana e de sua enorme popularidade rivalizada somente pelo legendário Kaliman. A série de quadrinhos prosperou por 35 anos ininterruptos, vindo a terminar somente em 1987. Em 17 de novembro de 1952, na Arena com mais de 10.000 espectadores, Santo obtém o seu maior troféu: a máscara do lutador Black Shadow após derrota-lo num embate. Neste emocionante confronto, Santo tinha como companheiro e assistente Dick Medrano e Black Shadow dispunha de seu compadre Blue Demon. A vitória de El Santo desencadeou uma rivalidade com Blue Demon que tomou as dores do amigo humilhado, ocasionando dois confrontos bem promovidos ainda em 1952 e outro em 1953, culminando com a derrota surpreendente de El Santo. Anos depois, apesar de aparecerem juntos em um bom número de filmes de ação e aventura, a rivalidade entre os dois nunca terminaria, pois Santo nunca conseguia esquecer suas derrotas nas mãos de Blue Demon, que visivelmente era mais alto e mais forte.



Depois destas derrotas para Blue Demon, não se soube de outro lutador que conseguisse superar Santo nos ringues. Ainda em 1952, uma série para o cinema baseada em um super-herói estava para ser lançada, seria chamada de “O Homem da Máscara de Prata”. Supostamente, o personagem principal seria de El Santo, mas ele se recusou a aceitá-lo por achar que tal projeto não teria sucesso comercial. O filme foi concluído com o papel principal dado ao lutador conhecido como El Medico Asesino (O Médico Assassino) que usou uma máscara prateada semelhante à de Santo. Um vilão chamado “O Homem da Máscara de Prata”, foi introduzido na última hora, assim o título do filme passou a ser referência ao bandido, não ao herói. Em 1954, Santo se torna o ídolo máximo da luta-livre mexicana ao derrotar Sugi Sito pelo título mundial dos pesos-médios. A seguir conquista o campeonato mundial NWA de peso welter, derrotando Peter Pancoff. Em 1958, Fernando Osés, um wrestler e ator, convidou Santo para trabalhar em filmes, e embora Santo desse prioridade a sua carreira no wrestling, aceitou, planejando fazer ambos ao mesmo tempo. Osés tinha em mente lançar um herói nos filmes com o “look” de El Santo. Fernando Osés e Enrique Zambrano escreveram os roteiros dos primeiros dois filmes, El Cérebro del Mal (O Cérebro do Mal) e Hombres Infernales (Homens Infernais), ambos foram lançados em 1958 e foram dirigidos por Joselito Rodriguez.



Foram filmados em Cuba e terminados apenas um dia antes de Fidel Castro ter entrado em Havana e declarado a vitória da revolução. Santo atuou fazendo a parte de super-herói mascarado para o “mocinho” (chamado El Incógnito) nos dois filmes, não foi o ator principal e nem representou como um lutador de wrestling nas duas filmagens. Os filmes foram um fracasso de bilheteria quando lançados. Anos mais tarde, porém, quando os filmes de Santo se tornaram famosos, os distribuidores destas duas filmagens adicionaram discretamente o nome de Santo nos títulos. A carreira cinematográfica de Santo causa sensação popular realmente a partir de 1961, com seu terceiro filme “Santo contra os Zombis”. Santo recebeu o papel principal neste filme e foi mostrado pela primeira fez como um wrestler profissional que brilhava como um super-herói. Santo trabalhou num total de 52 filmes de luta-livre, dois dos quais em papéis secundários. O estilo dos filmes era essencialmente o mesmo durante toda a série, com Santo como um super-herói que luta contra criaturas sobrenaturais, cientistas malignos, agentes secretos, alienígenas, criminosos de todos os tipos e assim por diante. Todas as obras eram baseadas em tons resgatados dos filmes-B, shows e seriados de tv norte-americanos, principalmente os retratados nos seriados da década de 1940. O seu melhor filme feito fora do México e considerado também um dos melhores de sua carreira, foi “Santo contra las Mujeres Vampiro” (Santo contra as Mulheres Vampiro) de 1962.


Neste filme, a produção foi mais valorizada, e houve uma tentativa de criar uma imagem mítica e uma atmosfera para Santo, como o último de uma linhagem de lutadores que combatia o mal. “Santo contra Las Mujeres Vampiro” foi um sucesso comercial, bateu os recordes de bilheteria, e foi um dos quatro filmes de Santo dublados em inglês. Alguns destes filmes foram importados aos Estados Unidos com os esforços de K Gordon Murray, que mudou o nome de Santo para “Samson” por conveniência de mercado. O filme mais bem sucedido financeiramente de Santo, entretanto, foi “The Mummies Of Guanajuato” (As Múmias de Guanajuato), onde Blue Demon e Mil Máscaras co-estrelaram. Muitos fãs mexicanos o consideram o maior filme de wrestling já feito. A série de filmes de Santo inspirou a produção da série similar estrelada por outros wrestlers mexicanos também conhecidos, como Blue Demon, Mil Máscaras, Superzan e Wrestling Women, entre outros. Santo estrelou com Blue Demon e Mil Máscaras em diversos de seus filmes. Quando Blue Demon o convidou para co-estrelar com ele e Mil Máscaras, sua trilogia para o cinema chamada “Champions of Justice” (Campeões da Justiça), Santo alegou estar muito ocupado com sua participação em outros filmes. Já também como técnico e empresário de luta-livre, El Santo investiu em sua grande rivalidade contra os wrestlers, Los Hermanos Espantos, o que provocou um confronto com El Espanto I, no dia 30 de novembro de 1963. A luta foi uma das mais sangrentas e disputadas de todos os tempos e valia a máscara do adversário. El Santo saiu vitorioso.


A popularidade de Santo a essa altura era estrondosa e os políticos que no início o evitavam, começaram a disputar sua presença e apoio em campanhas eleitorais. Os anos se passaram e, apesar da idade, vieram alguns triunfos como o campeonato nacional de peso-médio contra René Guajardo, foi campeão de duplas ao lado de El Rayo de Jalisco e campeão nacional semi-completo frente a Espanto I. Em 1975, aos 58 anos de idade, junto com El Gran Solitário e “Don Personalidad” Mil Mascaras, foram nomeados o trio do ano. Por volta de 1977, a onda de filmes de wrestler com seus lutadores mascarados tinha se esgotado fora do México, mas Santo continuou a aparecer em alguns poucos filmes nos anos seguintes. Seu último trabalho foi “Fury of the Karate Experts” (La Furia de los Karatecas), filmado na Florida (EUA) em 1982, no mesmo ano em que se aposentou dos ringues. Santo retirou-se oficialmente do wrestling em 12 de setembro de 1982, uma semana antes do seu 65º aniversário. Seu último combate foi realizado em El Toreo de Cuatro Caminos, no México. Sua carreira de wrestler profissional se estendeu por 48 anos. Nos seus últimos dias, Santo apareceu como um convidado no programa de televisão mexicana chamado de Contrapunto e, completamente sem aviso, removeu a lendária máscara prateada o bastante para expor o rosto sexagenário de Rodolfo Guzman. Foi o único momento registrado em Santo tira sua máscara em público. Uma semana depois de sua aparição no programa Contrapunto, ele realiza uma apresentação que o deixou esgotado, ele se dirige ao camarim para descansar e sente-se mal, é socorrido, mas morre devido a um enfarto do miocárdio; era o dia 5 de fevereiro de 1984, às 21:40 horas. Rodolfo Guzman, El Santo, tinha 66 anos e foi enterrado, como desejou, com sua famosa e desgastada máscara de prata no Mausoléu Del Angel. Seu cortejo foi acompanhado por mais de 15.000 pessoas. Ainda hoje, as edições publicadas no México do lutador, são alvo de colecionadores ávidos na tentativa de completar suas coleções!




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quarta-feira, 21 de setembro de 2016

GIBIS ANTIGOS (CLASSIC COMICS) - QUEM FOI? Nº 97 OS INVASORES (THE INVADERS) - 1969 EDITORA BRASIL-AMÉRICA (EBAL)


QUEM FOI? Nº 97 OS INVASORES (THE INVADERS) - 1969 EDITORA BRASIL-AMÉRICA (EBAL) / As imagens e locução inicial no inicio de cada episódio dessa série, já diz tudo para os fãs e admiradores da ficção científica, principalmente sobre o tema Ufologia: "Seres de um planeta que está para ser extinto, estão invadindo a Terra. Eles têm como missão, fazer dela o seu mundo. David Vincent os viu, mas ninguém parece acreditar nele. Mesmo assim, ele terá que procurar um meio de fazer com que a humanidade descrente, saiba que o pesadelo já começou." Uma produção da Rede ABC e Quinn Martin no ano de 1967. No Brasil, a série teve sua distribuição pela Tv Interamericana do Brasil, dublada nos estúdios da Tv Cinesom – RJ. Com 43 episódios de 50 minutos de duração, a série aborda a invasão de alienígenas no planeta Terra, como uma forma de adotarem o nosso mundo, como a futura moradia deles. Tem como protagonista principal, o ator Roy Thinnes no papel do arquiteto David Vincent. Como começa um pesadelo? Para David Vincent, que voltava para casa de uma viagem de negócios, o pesadelo começou alguns minutos depois das 4h, numa madrugada de terça-feira. Ele procurava um atalho que nunca foi encontrado. Tudo começou com um cartaz de boas-vindas e a esperança de tomar um café. Tudo começou com um bar fechado e deserto e um homem cansado demais para poder continuar uma viagem. Nas próximas semanas, David Vincent voltará ao lugar onde tudo começou. 



Os Invasores chegou a ser exibido na Tv Tupi, TV Record, Bandeirantes e SBT, nos anos 60, 70, 80 e 90 respectivamente. Foi ao ar pela última vez em 1995, pelo extinto canal Teleuno, do México, que pertencia ao grupo Spelling Entertainment Inc. Foi vendido em 1998 para a Sony Pictures, dando lugar ao AXN. O canal era especializado em filmes, séries e desenhos antigos, exibiu todos os episódios com a dublagem original brasileira, produzida pela TV Cinesom/RJ. Com um fundo musical de dar arrepios, assinado pelo mestre Dominic Frontiere, o cenário é de uma localidade deserta e escura, percorrida por um Ford Sedan prateado, com teto de vinil branco (um automóvel lindíssimo que lembra o Galaxie). O episódio piloto, "Beachhead" (Cabeça de Praia), foi ao ar no dia 10 de janeiro de 1967. A fantástica saga de David Vincent estava apenas começando, um homem comum, que de forma inusitada, ao presenciar e testemunhar a aterrissagem de um disco voador, uma nave de outra galáxia, mudaria totalmente a sua vida. Durante toda a série, David Vincent passaria a ter dois únicos objetivos na vida: de forma desesperada, tentaria evitar os planos de invasão da Terra e procuraria um meio de convencer um mundo descrente de que o "pesadelo já havia começado". De que os invasores, seres de um planeta que estava para ser extinto, já se encontravam entre nós e haviam tomado a forma humana, além dos planos de invasão em massa para "fazer da Terra o seu mundo”. Além dos planos de invasão em massa para "fazer do planeta Terra o seu mundo”, e apesar de se confundirem com a aparência humana, os invasores não tinham pulsação e não apresentavam batimento cardíaco. 



Também não possuíam sangue nas veias e alguns apresentavam uma notável deformidade no quarto dedo das mãos, causada por um erro de cálculo no processo de mutação para a forma humana. Após algum tempo nessa transposição humana, precisavam se regenerar em tubos gigantescos movidos por geradores potentes de tecnologia alienígena. Seus corpos brilhavam incandescentes antes de morrer e quando eram pulverizados, sem deixar rastros ou sinais de suas presenças na forma humana. A série durou apenas duas temporadas. Como explicar o fato de que uma série de tamanho sucesso, original e bem feita, tenha encontrado seu desfecho incompleto após o seu segundo ano? Há quem diga que a produção por ter sido idealizada e creditada como uma série de ficção científica, quando na verdade, estruturalmente, não passava de um maravilhoso drama, direto e objetivo, foi um dos fatores do cancelamento. Eu particularmente não acredito, pois o telespectador bem como todo fã de uma determinada série, é seduzido por uma série de detalhes que vão desde o roteiro, fotografia, trilha sonora e direção de imagens, ou simplesmente por pura identificação e simpatia pelos personagens ou temas abordados. Segundo a crítica especializada, a série pegou uma pequena carona na idéia original da conhecida produção cinematográfica "Vampiros de Almas" (Invasion of the Body Snatchers - EUA/1956), com Kevin McCarthy e Dana Wynter, dirigida pelo fabuloso Don Siegel. Tal idéia não pôde ter sido deixada de lado, pois os próprios atores do clássico cinematográfico, reapareceriam mais tarde em dois episódios diferentes da série televisiva, “Os Espiões” e “O Cativo”. Na verdade, não podemos conceber que a idéia original da série televisiva tenha sido plagiada ou copiada de forma acintosa. Muito pelo contrário: qual série de ficção científica não traz os elementos essenciais tal qual “Os Invasores” traziam? Medo da iminente ameaça de invasão, seres assassinos de outro planeta, naves intergaláticas, muita ação e efeitos especiais. 



Até que a série se diferenciava dos demais títulos de ficção científica, porque aqueles dois últimos requisitos era o que menos importava para o público fiel, que se apaixonou pela concepção original e primeira da série. A busca incessante de um homem só por seres de outro planeta, um homem comum, sem poderes especiais e que vivia em uma solidão sem precedentes. É uma série de episódios que compõem uma trama centrada em um personagem inicialmente tido como um lunático pela opinião pública. Um arquiteto que é motivo de chacota em todo lugar que aparece, e que parece ser a única salvação para uma humanidade descrente. A concepção inicial do criador da série, o escritor, produtor e diretor, Lawrence G. Cohen, deixa claro na série, a invasão de forças superiores com o propósito de dominar a Terra e seus habitantes. O ator protagonista, Roy Thinnes, como ninguém mais, a compreendia muito bem. Para eles, Larry Cohen e Roy Thinnes, os efeitos especiais eram até certo ponto, irrelevantes e não conseguiriam superar uma boa trama ou um roteiro muito bem elaborado como os que contribuíram para o sucesso da série na primeira temporada. Numa entrevista concedida, quando do lançamento da produção da mini-série, "The Invaders" (Os Invasores - 1995/EUA), que traz no papel principal, o ator Scott Bakula, que também protagonizou uma outra série televisiva de ficção científica, “Contratempos”, Roy Thinnes, que fez uma ponta discreta no papel do próprio arquiteto David Vincent, revivendo o polêmico personagem, comentou com propriedade e  autoridade no assunto: "Os Invasores é uma série diferente das séries comuns tipo “Jornada Nas Estrelas” ou “Buck Rogers”, pois há pouquíssimos efeitos especiais. São estórias de pessoas. Os alienígenas se pareciam exatamente como nós, portanto não havia a necessidade de efeitos especiais ou de toda aquela coisa incomum e cara. Resumia-se em produzir boas estórias, tão somente." Os executivos da Rede ABC, que produziam e detinham os direitos de transmissão da série, queriam na verdade ação e ficção científica e Os Invasores não os agradava. Roy Thinnes um dia confidenciou que após o término da primeira temporada, a rede havia exigido mais ação e visual, porque segundo os executivos, os telespectadores procuravam isso. Thinnes, lembrando do fato, após o término da série, algum tempo depois de forma sarcástica e em tom de crítica, alfinetou: "Bem, não é só isso que os telespectadores querem ou buscam. 


O que eles querem realmente é um maior envolvimento com as personagens que eles de alguma maneira se identificam ou se preocupam. A segunda temporada da série foi um tanto quanto desastrosa quando acrescentou ao programa uma série de perseguições e começou a dar cobertura a muitas personagens. Era muito território para cobrir efetivamente e foi uma despedida do estudo da solidão de um homem, do medo e da paranóia, que havia sido o centro do programa na primeira temporada". Roy Thinnes nasceu no dia 06 de abril de 1938, em Chicago, Illinóis, (EUA). Jamais havia passado pela sua cabeça tornar-se um ator, mas sim um médico ou jogador de futebol americano, segundo fontes mais próximas do artista. Thinnes começou a trabalhar no rádio, onde fazia de tudo, trabalhava na engenharia do som, fazia "shows" como DJ, lia as notícias diárias e fazia dramatizações no rádio, daí surgindo seu interesse pela arte de interpretar e atuar. Quando deixou o exército, dirigiu-se para Nova York e depois para a Califórnia, onde começou a trabalhar fazendo participações em programas de séries de tevê. Roy Thinnes enfrentou momentos difíceis na sua carreira, chegou a trabalhar como recepcionista de um hotel, vendedor de vitaminas e foto copiador, até conseguir interpretar o personagem da série. Em seguida, casou-se com sua primeira mulher, a atriz, Lynn Loring, que também atuou com ele na série Os Invasores, especificamente no episódio chamado “Pânico”, no papel de Madeline Flagg. Separou-se de Lynn Loring em 1984. A mais recente aparição de Roy Thinnes foi justamente numa outra série de bastante sucesso, Arquivo X, que o colocou novamente na linha de frente de uma produção de sucesso. Ele fez na série, o papel de um alienígena, o enigmático Jeremiah Smith em 1993. Esse mesmo papel posteriormente foi totalmente modificado e mais uma vez Chris Carter, o criador da série Arquivo X, o chamou para reviver o personagem Jeremiah Smith, fazendo sua mais recente participação no último dia 25 de fevereiro de 2001, no episódio chamado “Isso Não Pode Estar Acontecendo”. 


Os Invasores é uma série bastante imaginativa e original para sua época. Ao seu final, o paranóico David Vincent jamais conseguiu atingir o seu objetivo, mesmo na curtíssima segunda e última temporada, quando foi integrante de um grupo de pessoas que também acreditavam piamente na existência dos invasores e trabalhavam em grupo para destruir os temidos planos de invasão alienígena. A verdade é que David Vincent jamais conseguiu dissipar suas próprias dúvidas e medos ou até mesmo convencer alguém dos perigos que a população estava na iminência de enfrentar. Por outro lado, os alienígenas também jamais conseguiram destruir David Vincent, o único que poderia realmente  expô-los. Na versão de 1995, também intitulada Os Invasores, desta vez uma produção no formato de uma mini-série, dividida em duas partes de quatro horas de duração cada, uma produção feita para a TV em novembro de 1995. Nessa versão, o público ficou sabendo que David Vincent, vivido pelo próprio Roy Thinnes, ainda continuava na sua solitária cruzada contra os invasores, apesar do lapso de tempo entre o último episódio da série e a nova produção. David Vincent ainda viajava pelas regiões interioranas, nutrindo e alimentando a sua obsessão de localizar os invasores e frustrar-lhes os planos de invasão. Tudo isso três décadas após o cancelamento da série original de 43 episódios. Apesar de ser uma ficção, a produção da série não perdeu a oportunidade de enfocar as mazelas da sociedade americana, dando um ar de realismo nas eletrizantes tramas elaboradas a cada episódio. A cada dia, David Vincent visitava um estado americano, sempre procurando pelos invasores. Se observarmos por um outro lado a série, David Vincent também não deixa de ser um intruso invasor. Na realidade, se observarmos por um outro lado a série, David Vincent também não deixa de ser um intruso invasor....nos lares familiares, escritórios militares ou grandes companhias de jornais. Como invasor na vida de muitos, David Vincent não parecia atingir o objetivo primeiro, que era o de revelar à humanidade que os invasores já estavam entre nós, mas de certa forma, com a sua presença e as suspeitas que levantava sobre quem quer que fosse, ele acabava por conscientizar as pessoas de seus próprios problemas e contribuía de alguma maneira para que alguém retomasse o seu rumo, para que alguns poucos envolvidos na trama endireitassem suas vidas. Questões de patriotismo, de dever cívico, lealdade familiar e valores pessoais eram atingidos dentro de uma atmosfera de paranóia sufocante. Graves erros de julgamento eram de repente transformados na vida das pessoas, que aprendiam a melhorar, a ser melhores com a mesma velocidade desenvolvida pelo disco voador invasor. Ao longo da série, o próprio David Vincent vivencia uma dualidade, ele é tido como um lunático para muitos e também se transforma numa celebridade, numa autoridade respeitada em discos voadores para tantos outros. Quando os invasores tomavam a forma humana, o disfarce mais comum era o de homens de negócios bem-sucedidos, vestidos conservadoramente de terno e gravata, muitas vezes carregando pastas ou valises, e dirigindo um Ford Sedan escuro, um carro imponente, e que carro! O utilitário utilizado pelos invasores não foi apenas uma obra de ficção do criador Larry Cohen. A nave espacial, que possuía uma cabine interna, visualmente nos lembra a forma de um chapéu, que tem uma base com um hemisfério brilhante. Tal espaçonave corresponde exatamente aos discos que eram descritos pelo guru dos OVNIS, George Adamski, que sempre afirmou ao mundo da Ufologia, que já viajou por muitas vezes, a bordo de um desses OVNIS, muito antes da sua concepção televisiva na série. Não foi apenas uma vez ao longo da trama que os invasores mostravam seres sempre uniformizados, sem  nenhum sentimento ou emoção e que recebiam treinamento através de manipulação, onde eram expostos a motivações e respostas, dentro de um centro de treinamento próprio que se prestava única e exclusivamente para orientá-los sobre o comportamento humano. Tais centros mais pareciam locais de concentração e mostravam com propriedade o mundo como os poderosos e os controladores o querem, homens obedientes e somente expostos a aquilo que os convêm, sem questionamentos e sem levantar dúvidas ou questionamentos sobre isso ou aquilo. Por esses e outros aspectos, Os Invasores se transformou em uma série “cult” dos anos 60, e somente foi finalizada de modo prematuro, por causa de uma visão "quadrada” comercial e incompreensível de seus produtores, e que até hoje, ainda acontece em muitas produções interessantes. 


Curiosidades da série: Na versão original em inglês, o ator William Conrad (da série Cannon) foi o narrador invisível da série, pelo menos nos créditos iniciais, como também na maioria das séries produzidas por Quinn Martin. Ainda hoje se pode encontrar em lojas especializadas de vídeo, o episódio piloto “Cabeça de Praia” da série. Embora tenha sido uma série antológica com apenas uma estrela principal, o ator Roy Thinnes, muitos outros atores apareceram em mais de um episódio, interpretando diferentes personagens. Num episódio, considerado raro pela época em que foi ao ar, “O Torno”, todo o elenco era de atores negros, com exceção de Roy Thinnes e Kent Smith. A série é bastante cultuada na Europa, possuindo mais fãs na Alemanha e na França. A aparência original dos alienígenas somente foi revelada uma vez, perto do final da segunda temporada, no episódio chamado “O Inimigo”. Richard Anderson, o Oscar Goldman de O Homem de Seis Milhões de Dólares, após ferir-se gravemente num acidente em seu disco voador, sofre um doloroso processo de mutação e revela realmente a horrenda forma dos alienígenas. Roddy McDowall ( O Planeta dos Macacos e Viagem Fantástica), Suzanne Pleschette, Jack Lord (Havaí 5-0), Michael Rennie (o Colecionador de Perdidos no Espaço), Gene Hackman, Burgess Meredith (o Pingüim de Batman ) e Edward Asner tiveram participações especiais em episódios da série. Boa parte da música incidental e trilha sonora de Dominic Frontiere para a série, já havia sido ouvida em “Ratos do Deserto”, além de “Quinta Dimensão”. Todas as três séries foram produções da Rede ABC, para quem Dominic Frontiere trabalhava, compondo vários clássicos inesquecíveis. Desde o primeiro episódio, o objetivo dos invasores de frustrarem os planos de David Vincent, que consistia em expô-los ao seu mundo descrente, é facilmente percebido. No piloto da série, David Vincent se encontra num local deserto e abandonado, local da aterrissagem da nave espacial que deu início ao seu pesadelo. Na localidade, durante a noite em que o ator testemunha a aterrissagem do disco voador, ele passa de carro por uma placa que identifica o nome de um bar, "Bud's Diner". Ao relatar o ocorrido a Polícia local, precisamente às 6h da manhã daquele mesmo dia, e convencê-la a acompanhá-lo até o local do pouso, a placa do nome do bar se encontrava com outro nome, "Kelly's Diner", como bem observado pelo policial encarregado da diligência. Tal fato traduz o intuito puro e simples dos invasores, em desmoralizar a estória de David Vincent, que havia informado ao policial, que o nome do bar era "Bud's Diner", como de fato era, antes da mudança proposital. Detalhes como esse, causavam um certo fascínio aos telespectadores e demonstravam o cuidado da produção televisiva.


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GIBIS ANTIGOS (CLASSIC COMICS) - OS MONSTROS (THE MUNSTERS) Nº 01 - 1964 GOLD KEY COMICS


OS MONSTROS (THE MUNSTERS) Nº 01 - 1964 GOLD KEY COMICS / Uma produção de 1964, com 70 episódios de 25 minutos de duração, a série Os Monstros trata-se de uma deliciosa e horripilante série de comédia com Monstros adoráveis e seu humor inocente. No Brasil, a série foi exibida inicialmente, pela extinta TV Tupi, e rodou praticamente quase todas as emissoras, em diversas épocas e horários diferentes. Na Tv Record, ficou em exibição no horário nobre, e ganhando audiência a cada dia de exibição dos episódios. A última emissora a exibir a série com a dublagem original da Dublasom / Guanabara-RJ, e Herbert Richers, foi a TVS / SBT no final dos anos 80, às 18 horas, numa sessão denominada de Sessão Carrossel.




Embora a ausência da dublagem original crie algo mais que uma simples nostalgia, pelo fato da mesma não só fazer parte de um clássico, como também expor um retrato histórico não só da tv brasileira, como da própria sociedade na época de suas exibições, a redublagem, EU particularmente nem quis ouvir, pela insatisfação que teria nas vozes estranhas e diferentes, das emprestadas a cada personagem durante a fase de ouro da dublagem no Brasil, e que memorizei de tanto ver e rever. Ao ficarem sabendo que a ABC tinha também um projeto similar nas mãos, os executivos da CBS tentaram fazer com que a série iniciasse antes, o que não aconteceu: Os Monstros estrearam nos Estados Unidos seis dias depois da Família Addams, em 24 de setembro de 1964. 




A família Monstro morava no número 1313 da Mockinbird Lane, em Mockinbird Heights (algo como Travessa da Gralhas, no Monte das Gralhas). Um endereço sinistro e que deu muito trabalho aos correios dos Estados Unidos nos anos 60, durante a época de exibição da série. Afinal, foram milhares e milhares de cartas enviadas para o endereço fictício, tendo que serem levadas para a Universal Studios, onde o seriado era produzido. como não poderia ser diferente, o Monstro de Frankenstein tinha que estar presente, na forma de Herman Monstro (Fred Gwynne), natural da Alemanha, era filho de um certo Dr. Frankeinstein; Lily Drácula Monstro (Yvonne De Carlo), era a esposa devotada, porém num estilo bem diferente de Mortícia (de A Familia Addams), pois além de uma morta-viva, era vampira nas horas vagas; Vovô (Al Lewis) era um doce de pessoa de apenas 370 anos, que dormia de ponta cabeça, e quando tinha que sair em debandada, transformava-se num morcego. 




Ele também pensa ser um gênio dos laboratórios, em seu porão abaixo da mansão; o filho do casal era o jovem Edward Wolfgang Monstro (Butch Patrick), conhecido como Eddie, um garoto de 10 anos absolutamente normal se você não reparasse em suas orelhas pontudas, os dentes caninos afiados, a pele esverdeada e o uivo de um Lobisomem; e finalmente, Marilyn (Beverley Owen em 1964 e Pat Priest de 1964 a 1966), sobrinha de Lily, considerada a ovelha negra da família, uma moça loira de olhos verdes, e era extremamente graciosa, porém feia, muito feia na ótica deles, Os Monstros!A mansão é um caso à parte: - Construída em 1940 para um filme, a casa tornou-se símbolo arquitetônico, embora seu interior fosse vazio. Ela foi usada posteriormente em outras produções. Uma delas, recentemente, em "Desperate Housewives". Era onde a personagem Betty Applewhite morava na segunda temporada. 



A série Os Monstros, se notabilizou por trazer um humor-negro inteligente e às vezes ácido, mas que não dava medo algum, pura diversão apenas. É a famosa sitcom, que satiriza o padrão de vida americano dos anos 1960. Tudo começou de um projeto de uma sátira aos filmes de monstros e programas familiares, quando Allan Burns e Chris Hayward apresentaram sua idéia à Universal. O projeto foi repassado para os roteiristas Norm Liebmann e Ed Haas, que escreveram o piloto, "Love Thy Monster", um curta de 15 minutos filmado em cores para ser apresentado à CBS. No elenco inicial, Phoebe, e não Lili, era interpretada por Joan Marshall, que foi substituída por lembrar Mortiça, de "A Família Addams". No papel de Eddie estava Happy Derman, considerado muito desagradável. Um outro piloto "My Fair Munster" então foi rodado em preto e branco com o novo elenco. Embora as redes já estivessem começando a investir no colorido, optaram pelo preto e branco, pois o custo com efeitos e maquiagem já estava muito alto. 



A produção foi entregue à dupla Joe Connelly e Bob Mosher, que estabeleceram as regras para a produção, definindo personagens e supervisionando cada roteiro. O alto custo e o tempo gasto na maquiagem, também forçaram a produção de apenas um episódio por semana, ao contrário de outras séries da época. O elenco se reunia na segunda, ensaiava na terça e filmava no restante da semana. Outra limitação era a idade de Butch Patrick, pois a lei exigia que ele dispusesse parte de seu tempo, aos estudos. Finalmente, os egos por vezes atrapalhavam o bom andamento do trabalho, como em toda produção. Depois que os atores se acostumaram a conviver cada um com seus egos, o que eles não gostavam era da maquiagem. Eles precisavam chegar às 6 da manhã no estúdio, indo direto para a cadeira dos maquiadores. Às vezes precisavam retornar à cadeira para retocar. Para Fred Gwynne a transformação era particularmente a mais difícil, pois ainda havia a roupa, que pesava, causando muita dor no corpo. 




Após 13 episódios, Beverly Owen, que nunca esteve satisfeita com o trabalho, finalmente conseguiu abandonar a série. Pat Priest entra,e acaba curtindo demais o novo trabalho, pois o tipo de personagem não lhe exigia muito. No dia 24 de setembro de 1964 entrava no ar, o primeiro episódio da série, denominada “Munster Masquarade” e na semana seguinte, foi apresentado o segundo episódio chamado “My Fair Munster” considerado como um remake dos dois episódios pilotos que nunca chegaram a serem exibidos.  Além dos episódios habituais, no dia 18 de abril de 1965 foi apresentado um capítulo especial de uma hora de duração denominado “Marineland Carnival Starring the Munsters”. Em 1966 um filme denominado “Munster, Go Home!” de 96 minutos de duração foi produzido por Joe Connelly e Bob Mosher, reunindo quase todo o elenco original da série de televisão, com exceção da personagem Marilyn que foi interpretada por Debbie Watson ao invés de Pat Priest. O filme foi bem recebido pela crítica especializada e quando lançada no cinema tornou-se um fracasso de bilheteria, mesmo sendo produzida em cores. O filme chegou aos cinemas dos Estados Unidos, em 15 de junho de 1966, distribuído pela Universal Studios e tinha inicio com a leitura de um testamento na mansão da família Monstro, onde eles descobrem que herdaram uma propriedade na Inglaterra, e assim a família segue rumo até lá. Uma vez por lá, ele terão que passar uma noite na mansão para serem dignos de receber a herança, tarefa nada fácil na visão de quem não os quer por lá, mas por outro lado, os vilões terão muito trabalho para fazê-los, pois eles são OS MONSTROS!



 ELENCO:

Fred Gwynne - Herman
Yvonne De Carlo - Lily
Al Lewis - Vovô
Beverley Owen- Marilyn (até o episódio 13)
Pat Priest - Marilyn (episódio 14 ao 70)
Butch Patrick - Eddie
1ª Dublagem: DublaSom Guanabara

Narrador de abertura: Milton Rangel
Herman: Milton Rangel
Lilly: Glória Ladany
Vovô: Magalhães Graça
Eddie: Cleonir dos Santos
Marilyn: Carmen Sheila

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