UMA HOMENAGEM PARA O DR. ZACHARY SMITH, MEU VILÃO FAVORITO! - No dia 05 de novembro de 2002, uma lenda nos deixou, alías, sem saber talvez de sua importância, ele já era uma lenda viva antes de partir....data em que morreu na cidade de Los Angeles, aos 87 anos, o ator Jonathan Harris, que foi um dos maiores coadjuvantes dos seriados de TV em todos os tempos. Ao lado de Burt Ward (o Robin do seriado de TV), Agnes Moorehead (a sogra Endora, da série A Feiticeira) e Kami Cotler (a Elizabeth, de Os Waltons), ele foi um dos maiores coadjuvantes dos seriados de TV de todos os tempos. Certamente, as novas gerações incluirão Kenny, do South Park, nessa lista, mas Jonathan Harris, o Dr. Smith, é um culto passadista, de quarentões, e para se ter uma idéia, o futuro para eles aconteceria em 1997, claro, brincadeiras à parte, nesta data á seria para estarmos bem melhores de vida, passeando de planeta à planeta, na concepção da série de TV, PERDIDOS NO ESPAÇO.
Jonathan Harris, e o Dr. Zachary Smith da série que estreou nos anos 60, ainda na TV em preto-e-branco, ou à lenha, e que conseguiu atravessar a barreira do tempo, em épocas posteriores em suas reprises constantes, arrebatava cada vez mais através dos episódios, fãs incondicionais de uma interpretação magnífica de seu talento e competência, de um vilão que se destacava. Em 1997/98, ganhou um remake no cinema (Lost in Space), no qual o Dr. Smith foi interpretado pelo vilão moderno Gary Oldman. Mas Oldman não deu conta do recado, embora seja bom. O vilão dissimulado e sabotador que habitou nossa infância era cheio de maneirismos. Era principalmente covarde, incapaz de um ato de grandeza. Ao mesmo tempo que era afetado e diabólico, também era ingênuo e tinha rasgos de consciência. Tinha um quadril grandão, umas sobrancelhas de duende, e a voz propositadamente trabalhada. Nos Estados Unidos, a série de tevê Perdidos no Espaço foi ao ar de 1965 a 1968, e teve 83 episódios de 50 min. de duração.
Conta-se que foi lançada um ano antes de outro seriado fantástico, Jornada nas Estrelas, e que este último chegou a ser recusado pela CBS porque a emissora já tinha uma série de ficção científica. A história é a seguinte: no ano de 1997 (trata-se de uma produção dos anos 60, reparem na visão futurista do criador da série, e sua concepção de que em 1997 já seria possível estarmos colonizando planetas) uma família da Terra é selecionada entre milhares de voluntários para colonizar uma nova e promissora constelação de Alfa Centauro, porém, um astuto espião de um governo não especificado, invade a espaçonave e programa o Robô B-9 que também é parte integrante da tripulação, a matar a todos quando a espaçonave Júpiter II estivesse em órbita, sabotando dessa forma, a corrida espacial que seria vencida pelos americanos.
No entanto, Dr. Zachary Smith, o espião que se encontra dentro da nave, permanece em seu interior durante a contagem regressiva, o que ocasiona o lançamento com esse “Clandestino Teimoso” (título do episódio Piloto da série”), e conseqüentemente o excesso de peso do inimigo, faz com que a espaçonave se desvie da rota e todos fiquem perdidos no espaço. Planetas desconhecidos, monstros, alienígenas, forças invisíveis e até Deuses mitológicos fizeram parte de uma vasta galeria de simpáticos inimigos que a cada episódio semanal, ganhava índices de audiência surpreendentes na época de sua exibição. Os personagens do seriado eram interpretados por Guy Williams (Prof. John Robinson, também protagonista da série Zorro), June Lockhart (Maureen Robinson), Marta Kristen (Judy Robinson), Angela Cartwright (Penny Robinson) e Billy Mumy (Will Robinson).
Para servir e proteger essa família interplanetária, o robô depois de uma reprogramação, passa a servir a família e chega até a expressar sentimentos humanos em vários episódios dos 83 da série. Também era a vítima preferida de Smith, que o chamava de "Sua lata de sardinha enferrujada". Grande parte do sucesso do Dr. Smith no Brasil foi atribuído à dublagem que o comediante brasileiro Borges de Barros (fez também o Mendigo Milionário, da Praça da Alegria da Tv Record e A Praça é Nossa no SBT) imprimiu ao personagem. Era tão marcante aquela voz simulando dores-de-cabeça quando o perigo rondava, que o próprio Jonathan Harris chegou a elogiar o dublador, dizendo que ele era até melhor que o original. "Acho que o meu dublador é um grande artista. Se outros filmes meus forem exibidos no Brasil, quero que ele faça a minha voz", disse Smith, que esteve no País e foi tratado com honras de chefe de Estado. Chegou ao Brasil com outro mito da televisão naquela época, Don Marshall (o piloto Dan, da tripulação de Terra de Gigantes). Ambos vieram para promover as duas séries, que teve inúmeras reprises durante anos, por quase todas as emissoras do país.
NA FOTO ACIMA, MOMENTO HISTÓRICO, COM A PRESENÇA DE JONATHAN HARRIS NO BRASIL, O ATOR QUE INTERPRETOU DR. ZACHARY SMITH NA SÉRIE PERDIDOS NO ESPAÇO, NO PROGRAMA CLUBE DO CAPITÃO AZA
O ator esteve presente no programa de Hebe Camargo e com o casal número 1 da TV brasileira, Tarcísio Meira e Glória Menezes. "Um casal encantador. Pena que Glória não fale nada de inglês. Mas consegui me comunicar com ela usando algumas palavras de espanhol, italiano, português e de um dialeto que, se não for do sul da China, deve ser napolitano ou grego", afirmou o divertido Harris. O ator americano, nasceu com o nome de Jonathan Charasuchin no Bronx, (Nova York), em 6 de novembro de 1914, era formado em Farmácia pela Fordham University, mas começou no palco em 1939, depois de passar por uma audição para a companhia teatral Millpond Playhouse.
Curiosidades: - O ator não queria seu nome igual aos outros durante a apresentação da série, e ainda mais sabendo que seria o último a ser veiculado, não perdeu tempo e sugeriu a seguinte colocação: “Ator especialmente convidado”.
- o personagem de Smith no roteiro original e inicio da série, era sua participação de aproximadamente 5 ou 6 episódios, morrendo a seguir. Mas o que o pessoal da direção e produção da série não esperava, era a aceitação imediata do público pelo personagem. O que acarretou em sua permanência durante os 3 anos de produção. Deixando de ser um mero coadjuvante, e se tornando ponto principal de partida nas estórias de vários episódios da série, inclusive na 2ª temporada.
Você foi o melhor Dr. Smith, ainda hoje, embora eu não busque, não encontrei ninguém melhor do que você, tão maquiavélico, tão egoísta, tão fingido e ao mesmo tempo, cativante, e espetacular em seus modos e aspectos humanos, com seus defeitos e qualidades, que permanece vivo na memória de todos nós, e que deixou um legado para uma geração que aprendeu a amá-lo com intensidade de tal forma, que conseguíamos odiá-lo, conseguíamos rir ou gargalhar, e até sentir medo e pena, num mesmo episódio pela excepcional interpretação desse ator que o imortalizou com seu personagem a cada 50 minutos semanais! É verdade, naqueles tempos, conseguíamos enxergar melhor, os valores morais e o caráter das pessoas que se aproximavam de nós, porque tínhamos referências para isso! NADA TEMA COM O SCHMIDT NÃO HA PROBLEMA! OPPPSSSS, COM O SMITH, É CLARO!
F I M
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