O DEMOLIDOR (DAREDEVIL) Nº 7 / EBAL 1969 - Os direitos de publicação do Demolidor no Brasil, pela primeira vez, foram comprados pela EBAL (Editora Brasil-América Ltda) em 1969, e são publicados 31 números em preto e branco de 1969 à 1972. Nos primeiros números da revista, outra equipe de heróis, fazem sua estréia na revista, o Quarteto Fantástico, como personagens complementares, com publicação em ordem cronológica obedecendo a revista original do "homem sem medo". A conclusão da história do nº 31 de "O Demolidor" no ano de 1972 na EBAL, é publicada em Homem-Aranha nº 70 de 1975. O título "O Demolidor" termina seu reinado, porque as vendas despencaram, porém os quadrinhos do Homem-Aranha, faz sucesso imediato e a conclusão da história da edição nº 31 de "O Demolidor" (1972) na EBAL é publicada. Os direitos do personagem passam para o G.E.A. (Grupo de Editores Associados) com proposta revolucionária de material similar ao publicado nos EUA, em cores, e papel de qualidade maior. O G.E.A. prefere chamar o herói de "Defensor Destemido". O grupo pede falência em um ano. São lançados apenas 3 números, e se encerra a carreira do herói nessa editora do Brasil.
Em 1975, a Bloch Editores assume o título lançando a revista "Super Bloquinho Apresenta: Demolidor", em formatinho, em fevereiro daquele ano, até junho de 1976. Num total de 15 números publicados, infelizmente, ao invés de retomar a cronologia do ponto de parada do título "Defensor Destemido" (G.E.A.) a editora relança histórias a partir da edição nº 1, desta vez, em cores e em papel especial, mas parou por aí também. A Rio Gráfica Editora (RGE) assume uma parte das publicações Marvel no Brasil, à partir de 1979, sem dar grande atenção ao Demolidor. O personagem teve algumas histórias publicadas em Almanaque Marvel, até ser licenciado pela Editora Abril em 1982. Novamente o Demolidor muda de editora e passa a ser publicado pela editora Abril Jovem, onde jamais teve título próprio, embora tenha tido posição de destaque em Superaventuras Marvel, até seu cancelamento em fevereiro de 1997, na edição de nº 176. Durante todo esse período, o Demolidor foi sem dúvida alguma o carro-chefe da publicação. A fase do Frank Miller no título do Demolidor ocorreu aí. O DEMOLIDOR apareceu pela primeira vez em gibi próprio no ano de 1964, como DAREDEVIL no original. O personagem segue a linha dos heróis cegos da Era de Ouro (como “Black Bat” e “Dr. Meia-Noite”), que compensava sua deficiência visual, ampliando seus outros sentidos. O Demolidor fechou o ciclo das grandes criações da editora Marvel, iniciado em 1961 com o “Quarteto Fantástico”.
Matt Murdock, a identidade secreta do herói, era filho do boxeador Jack “Batalhador” Murdock. Sem a mãe, e morando no pobre bairro da Cozinha do Inferno, em Nova York, o jovem idolatrava o pai e queria ser um boxeador também. Jack, porém, fez o garoto prometer que estudaria para se tornar alguém na vida. Ao se tornar um “devorador de livros", Matt se tornou presa fácil dos valentões da escola, que o chamavam ironicamente de “Demolidor". Para não apanhar mais, ele passou a treinar e se exercitar secretamente. A vida dupla do adolescente logo teria uma reviravolta, quando salvou um idoso de ser atropelado. O jovem herói acabou sendo exposto a um tambor cheio de resíduo radioativo que havia caído do caminhão. O trágico acidente lhe tirou a visão, mas espantosamente lhe concedeu seus sentidos hiperaguçados e um sentido de radar semelhante aos dos morcegos. A tragédia da infância de Matt ainda teria mais desdobramentos. Tempos depois, em fim de carreira, seu pai concordou em entregar uma luta para ganhar uma bolada para ajudar nos estudos do filho. Porém, ao ver seu garoto presente no público que assistia à luta, Jack não quis envergonhá-lo e acabou vencendo. Esta vitória selou sua morte, ordenada pelo promotor da luta corrupto.
Mesmo cego, Matt prometeu vingar a morte de seu pai. Fazendo um disfarce, um uniforme de luta vermelho e amarelo, adotou a alcunha de “Demolidor" e foi atrás dos gangsters, sendo que o mandante do crime morreu de ataque cardíaco. Sendo estudante de direito, Matt interpretou o fato como justiça e, adaptando uma bengala com uma corda extensível, iniciou sua carreira de vigilante, promovendo a justiça quando a lei não agia. Após montar seu escritório de advocacia com o eterno colega Foggy Nelson, o Demolidor passou a perseguir a justiça em duas frentes: nos tribunais e nas ruas. Os primeiros números foram escritos por Stan Lee e desenhados por Bill Everett (o criador do “Namor - O Príncipe Submarino”) e Joe Orlando. Porém, a partir da quinta edição (com data de dezembro de 1964), a série entrou em uma nova fase, quando passou a ser desenhada por Wally Wood, que conferiu ao Demolidor um novo uniforme e um visual moderno aos episódios. Apesar do sucesso, Wood não se adaptou ao esquema de trabalho de Lee (chamado de “o método Marvel”) e caiu fora. Foi substituído então no n° 12 (janeiro de 1966) por John Romita, cujo bonito traço aumentou ainda mais a popularidade do herói. Entre os outros artistas que fizeram o Demolidor a partir de então estão Gene Colan, Gil Kane, Paul Gulacy e Frank Miller.
F I M
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