domingo, 8 de março de 2015

SÉRIES ANTIGAS DA TV (CLASSIC TELEVISION) - MULHER ELÉTRICA E GAROTA DÍNAMO (ELECTRA WOMAN AND DYNA GIRL) 1976



MULHER ELÉTRICA E GAROTA DÍNAMO - Nos anos 70, a televisão brasileira durante os dias da semana no período da tarde, foi palco de inúmeras exibições de séries pop-psicodélicas de baixíssimo orçamento na produção. Exemplos para clarear sua mente? Capitão Marvel, A Poderosa Ísis, O Elo Perdido, Doutor Encolhedor, Trio Calafrio, O Menino Selvagem e o Gigante, Os Bugaloos, A Flauta Mágica, Sigmund e os Monstrinhos, Lidsville, Korg 70.000 B.C., Lancelot Link – O Detetive, Esquadrão Monstro, etc. Entre esses e mais alguns títulos, uma produção da Rede ABC de 1976, chamava a atenção do público masculino principalmente, por apresentar uma dupla feminina de heroínas com um nome no mínimo peculiar aos ouvidos da época: Mulher Elétrica e Garota Dínamo. 

Seus efeitos especiais eram bem precários, com  uso de pinturas e desenhos substituindo os cenários e imagens de paisagens e cidades. Imagens de aranhas eram sobrepostas sobre a imagem do cenário para causar a impressão de aranhas gigantes. No bom e velho estilo de Batman (1966), este seriado era tão “forçado” que chegava a ser engraçado e também retratava bem os anos 70 pelas cores e vestimentas com exagero. Com apenas 8 episódios divididos em 2 partes, a série narra as histórias das duas jornalistas Lori (Deidre Hall) e Judy (Judy Strangis), que trabalham na revista “Newsmaker”, mantendo assim, suas identidades secretas preservadas, porém, quando o perigo se aproxima, elas se transformam na Mulher Elétrica e na Garota Dínamo. Usando os mais modernos aparelhos científicos no combate ao crime, como o “Crimescópio”, todos criados por seu assistente Frank (Norman Alden). Elas são dotadas de grande sagacidade, o que as ajuda na solução de seus crimes e na captura dos vilões que elas encontram pela frente. A Mulher Elétrica e a Garota Dínamo  era uma produção B que na época em que foi exibida no Brasil, passava junto com mais duas séries do mesmo nível de produção: Se Meu Bug Falasse ou Superbug e Doutor Encolhedor. 


Estes seriados faziam parte de um show de variedades intitulado "O Mundo de Sid & Marty Krofft". As três séries usavam o humor ingênuo para divertir as crianças, sem apelar para violência ou sexualidade. Como todo herói que se preze, elas também tinham o seu super carro, o “Electramóvel”! Esta dupla (Sid e Marty Krofft) produziu diversos seriados para TV nos anos 70, a grande maioria de baixo orçamento como já foi mencionado, misturando atores normais e atores vestidos com fantasias de tudo que se possa imaginar. Existe também uma curiosidade, coincidência estranha, ou plágio: A série “O Elo Perdido”, assemelha-se muito ao desenho produzido pelo estúdio de Hanna-Barbera, “O Vale dos Dinossauros” e cuja estréia dos dois programas ocorreram no mesmo dia, mês e ano (07/09/1974) coincidência? Pode ser...Geralmente suas produções, não ultrapassavam mais de 20 episódios para cada série criada (a média é 17), e com tempo de duração também reduzido, chegando entre 15 e 20 minutos por estória. 

A trilha musical era trabalhada de forma que o público mirim e adolescente em pouco tempo, soubesse a letra e sua melodia. Enfim, “Mulher Elétrica e Garota Dínamo” teve sua última exibição, através do SBT ainda no inicio dos anos 80, nunca mais retornando. Com efeitos não tão especiais, mas com idéias bem criativas e um humor ingênuo, talvez seja por isso, que muitos destes seriados ganharam um lugarzinho cativo em nosso banco de memória. FIM



(clique no link acima, e assista a abertura original da série)

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