sexta-feira, 10 de novembro de 2017

GIBIS ANTIGOS (CLASSIC COMICS) - ZORRO (THE LONE RANGER) Nº 01 - 4ª SÉRIE / 1977 EDITORA BRASIL-AMÉRICA (EBAL)


ZORRO (THE LONE RANGER) Nº 01 - 4ª SÉRIE / 1977 EDITORA BRASIL-AMÉRICA (EBAL) / A 4ª série de Zorro, além das 33 edições publicadas pela saudosa EBAL, entre abril de 1977 e dezembro de 1979, apresentou ao leitor, um novo formato, com as mesmas 36 páginas em preto e branco. Ao lado de Tarzan, Batman e Superman, sem dúvida alguma, foi um dos mais longos títulos publicados, e porque não dizer que foi também, a "cereja" do bolo da editora?! Foram mais de 400 edições publicadas somente pela EBAL, desde março de 1954, além de 20 almanaques de fim de ano. Realmente, com uma contagem dessas, não dá para não dizer ou relacionar o grande sucesso do cavaleiro solitário em terras brasileiras. Essa popularidade sempre foi compartilhada no Brasil, onde qualquer produto do Zorro era sucesso certo. Por isso existe a grande pergunta se o personagem The Lone Ranger foi batizado dessa forma por confusão mesmo, ou por oportunismo comercial das editoras de quadrinhos que não detinham os direitos de publicação do verdadeiro Zorro (da Disney de capa e espada), e por isso buscavam genéricos. Tal confusão foi posteriormente compartilhada pela televisão e pelo cinema. Quando a popular série de TV (nos Estados Unidos) do Lone Ranger chegou ao Brasil, foi chamada por aqui de As Aventuras de Zorro - O Cavaleiro Solitário, seguindo uma tendência já inaugurada pelos gibis. The Lone Ranger é um personagem originalmente criado para uma radionovela norte-americana, por George Washington Trendle e o escritor Frank Striker, em 1933. Sua identidade secreta é do ranger (guarda rural texano) John Reid, embora ele não a use. O herói sempre está de máscara, e só oculta o nome verdadeiro para que sua família não sofra as consequências caso seu verdadeiro nome seja conhecido. Na verdade, ele tem bem poucas semelhanças com o Zorro, apesar da máscara negra. Afinal, o Cavaleiro Solitário se veste de maneira bem mais “colorida”  geralmente camisa azul, ou vermelha.  Seu chapéu é indefectivelmente branco (como o era todos os chapéus dos mocinhos do velho-oeste nos anos 50, onde o chapéu negro cabia para os bandidos). Branco também era seu cavalo, o famoso Silver. Suas principais armas eram seus colts 38, onde disparava sempre balas de prata, sua marca registrada. Na televisão, Lone Ranger não matava, sua mira era tão certeira, que ele podia desarmar os bandidos atirando diretamente no seu revólver. Também era um excelente lutador corpo a corpo, e tinha como parceiro constante o índio Tonto, um índio da tribo Navajo que o salvou de morte certa quando ainda era um "Ranger", e foi pego em uma emboscada por uma quadrilha de bandidos. Na verdade, existe uma versão original onde tonto já era seu amigo desde infância. Onde quando essa embocada acontece, o índio guerreiro o encontra e reconhece seu amigo de infância e intervém. Posteriormente, essa origem seria modificada, para tons menos racistas, com o grupo de rangers, incluindo seu pai e seu irmão, assassinado por criminosos, e John às portas da morte, sendo encontrado por Tonto. Com os criminosos acreditando que todos os rangers estavam mortos, Reid adota uma máscara e passa a agir sob uma identidade secreta, de forma a proteger a viúva de seu irmão, e seu sobrinho, Dan Reid Jr. Assim os criminosos não sabem quem de fato é o Cavaleiro Solitário, e não podem se vingar através da família do herói. Para manter o disfarce, ele não volta mais a sua identidade original, que para todos os efeitos, está morta. A radionovela teve bastante sucesso, motivando a produção de filmes e séries para o cinema e, claro, tiras em quadrinhos para o jornal. Em 1948 surgiram as primeiras revistas em quadrinhos, cujos direitos foram adquiridos pela editora Ebal, que as lançou por aqui a partir dos anos 50. Ele também chegou desde cedo no Brasil, com suas primeiras tiras em quadrinhos sendo publicadas pelo Globo Juvenil em dezembro de 1938. Além desse tabloide, as tiras seguiram em outras publicações, ao longo dos anos 40, tais como Gibi Tri-Semanal, Almanaque de O Globo Juvenil, Biriba, Novo Gibi, Novo Globo Juvenil e Guri. Cada veículo dava um nome diferente ao pistoleiro mascarado, tais como Guarda Vingador, Justiceiro Mascarado, Kid Roger, Cavaleiro Mascarado, além de claro, Zorro, e até mesmo o nome original, Lone Ranger, mantido sem tradução. Para os historiadores dos quadrinhos, isso acontecia pela dificuldade dos tradutores da época em traduzir a palavra “Ranger” para um termo fácil em português. Afinal Ranger é uma espécie de guarda rural montado, que existia no estado do Texas, em meados do século XIX. De acordo com outra teoria, os distribuidores confundiam os dois personagens devido a uma série de coincidências. Primeira: em 1936 o ator Robert Livingstone interpretou o Zorro hispânico em The Bold Caballero e também fez o Cavaleiro Solitário no seriado da Republic The Lone Ranger Rides Again. Segundo: Clayton Moore, que interpretou o herói cowboy na série de TV também interpretou um descendente do herói espadachim no seriado da Republic The Ghost of Zorro (1949). Quando a Ebal adquiriu os direitos da revista em quadrinhos da Dell Comics, optou pelo Zorro, muito provavelmente por razões comerciais. Na sua primeira edição, lançada em março de 1954, havia ainda um subtítulo, As Aventuras de Lone Ranger, mas logo isso caiu por terra. Além dos gibis, a popularidade do personagem refletia na TV, ou até mesmo o contrário, a popularidade da TV era que refletia nos quadrinhos, impulsionando as vendagens. O Cavaleiro Solitário foi uma série de enorme sucesso nos EUA, com Clayton Moore no papel título e Jay Silverheels, o índio Tonto (tribo Mohawk / no Brasil Navajo), seu inseparável parceiro. O programa foi produzido de 1949 até 1957 em 5 temporadas totalizando 221 episódios de 25 minutos de duração. De 1949 à 1956, os episódios foram produzidos em preto e branco, e parte de 1956 / 57, em cores). ao longo dos anos, vários episódios foram colorizados por computador. A verdade que esse herói do Faroeste ainda hoje mantém viva, uma legião de fãs e seguidores de suas histórias em quadrinhos, seus filmes de cinema e da televisão, e como eu mesmo sempre disse quando tive meu programa de rádio, "certas séries e desenhos animados, bem como quadrinhos, não tem prazo de validade", esse é um bom exemplo disso!!!                                                          




F  I  M

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