HEROS / SUPERHEROS Nº 07 - 1967 EDITORA EDREL / A Editora Edrel Ltda, nasceu em dezembro de 1966. Mas sua gestão ocorreu algum tempo antes, no fim dos anos 50, quando “quitandas e armazéns” importavam publicações nipônicas para os descendentes de japoneses. Esses “mangás” inspiraram a criação da Edrel. Fundada por Salvador Bentivegna, Jinki Yamamoto e Minami Keizi (os três vindos da Editora Pan, que acabara devido a dívidas com agiotas), a Edrel funcionava na Rua Tamandaré, n° 150, no bairro da Liberdade, em São Paulo. O nome surgiu da sugestão de um dos empregados do fotolito: “Editora de Revistas e Livros” (Edrel). O primeiro título a surgir com a marca Edrel foi o gibi infantil “Bob”. Quando todas as duplicatas foram quitadas, Bentivegna deixou a empresa, entrando em seu lugar, em 1968, Marcilio Valenciano. Depois de Bentivegna, foi a vez de Keizi sair, em dezembro de 1971. Keizi estava desgostoso com Jinki que, em 1971, começara a mudar a segmentação da editora. A gota d'água aconteceu em 1972, quando Yamamoto resolveu montar uma redação à parte e botou o "Projeto Lar Moderno" (revista feminina no estilo de "Cláudia", da Editora Abril) dele em prática. Keizi fundou então a Minami & Cunha — ou simplesmente M&C em parceria com Carlos da Cunha. Paulo Fukue ficou no lugar de Keizi na Edrel, mas desistiu após ter problemas de ordem pessoal. Meses depois, foi a vez de Jinki Yamamoto. Era o começo da decadência da editora. A Edrel fechou em 1975. quanto ao herói aqui publicado, seu visual lembra o Capitão América e o Fantasma, mas a semelhança termina aí. Superheros está muito mais para o quadrinho europeu que para o americano. O nome “Heros” vem do fisiculturista Heros Vilhegas Filho, que servia como modelo para as capas do herói. O protagonista era um agente do governo que é dado como morto e, depois, surge como super-herói. Coincidência ou não, naquele mesmo ano, outra editora, a GEP, também lançou um super-herói mascarado que era agente governamental, o Superargo. Os poderes do Heros lhe foram conferidos pelos habitantes do planeta de mesmo nome. Assim como seu colega da editora Taika, Fantastic, ele usava um cinturão onde guardava energia atômica concentrada. Superheros teve a colaboração de Ignácio Justo e Nelson C. Cunha. O primeiro era um especialista em armas bélicas (tanques, bazucas, metralhadoras, etc.) e o segundo era um nacionalista apaixonado por índios, folclore nativo etc. No primeiro número, o herói enfrentava um vilão chamado Tarântula. As demais aventuras envolviam desde discos voadores até tribos indígenas. Heros também foi publicado em 1969 na revista “Ficção juvenil”. Heros até que chegou a ser bem recebido pelos fãs, mas acabou cancelado na época. O problema é que o forte da Edrel era erotismo e terror, e não super-heróis. Para quem ainda não o conhecia, e não tinha ouvido falar, fica o registro. Pabeyma foi outro herói publicado em Heros, mas na clara intenção de ter sua revista própria, como de fato ocorreu.
F I M
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