domingo, 16 de outubro de 2016

GIBIS ANTIGOS NACIONAIS (BRAZILIAN CLASSIC COMICS) - SUPER ALMANAQUE RAIO NEGRO - 1968 GRÁFICA EDITORA PENTEADO (GEP) GEDEONE MALAGOLA


SUPER ALMANAQUE RAIO NEGRO - 1968 GRÁFICA EDITORA PENTEADO (GEP) / A primeira série de revistas teve início entre 1965 / 66 e durou 15 edições consecutivas publicadas pela Gráfica Editora Penteado (GEP). Todas desenhadas e roteirizadas por Gedeone Malagola, exceto as edições Nº 13 e Nº 15 que tiveram Edmundo Rodrigues e Luis Rodrigues como ilustradores, respectivamente. Além das 15 edições houve um almanaque e edições especiais ainda pela GEP. O surgimento do Raio Negro, em 1966 foi uma espécie de marco na história dos super-heróis brasileiros. Enquanto que seus predecessores, como "Capitão 7" e "Capitão Estrela", eram baseados nos personagens americanos da Era de Ouro ("Superman", "Adam Strange", "Flash Gordon" "Batman" etc). Raio Negro foi o primeiro do gênero a se basear num super da Era de Prata. O modelo em questão era o Lanterna Verde, que vendia muito nos Estados Unidos, publicado pela “Showcase” e em revista própria após algum tempo. Raio Negro foi criado por Gedeone Malagola, quadrinhista com cerca de 40 anos de idade na época, que já tinha alguma experiência no gênero (foi um dos roteiristas do "Capitão 7"). Tudo começou quando a GEP encomendou a Malagola a criação de um super-herói. O desenhista apresentou o "Homem Lua" mas, como esse não tinha superpoderes, foi rejeitado como personagem título, ficando para complementar a revista, apenas. Foi dito a Gedeone, então, que desse uma olhada no "Lanterna" e, às pressas, surgiu "Raio Negro". Talvez devido à pressa requerida, Gedeone não teve tempo de bolar algo original para a estréia do novo herói. A origem de Raio, lançada na edição nº 01, era toda baseada no Lanterna. Assim como o clone americano, Raio Negro também era um piloto aéreo, o oficial da FAB Roberto Sales. Na época, a corrida espacial estava a todo vapor e o Brasil não podia ficar de fora. Assim, Sales foi o primeiro astronauta brasileiro lançado no espaço. Uma vez fora da atmosfera, Sales faz contato com um disco voador avariado. Seu ocupante, Lid, de Saturno, está incapacitado devido aos ferimentos e orienta o terrestre para que ligue uma espécie de piloto automático que levará o disco de volta ao planeta de anéis. Agradecido por ter se arriscado para salvá-lo, Lid o presenteia com um estranho anel, uma arma na verdade, chamada Anel de Luz Negra, feita com a energia magnética de Saturno, capaz de tornar o terrestre num verdadeiro super-homem. Roberto namora Marajoara Campos, filha do Coronel Campos. Seu principal inimigo é o Capitão Op-Art, cujo nome verdadeiro é Duarte Rodrigues, cientista especializado em robótica, formado na Alemanhã e que foi afastado das Forças Armadas por desequilíbrio mental. Op-Art é inspirado fisicamente em Gedeone. O nome Op-Art é uma alusão ao movimento artístico homônimo, por conta do vilão usar ilusões psicodélicas para atacar seus inimigos. Malagola roteirizou e desenhou Raio Negro em 24 aventuras, sendo publicadas também em almanaque e na revista "Edições GEP" (estreladas pelos “X-Men”), nesta última em duas aventuras especiais). Além de "Raio Negro" e "Homem-Lua", a revista trazia, volta e meia, um terceiro personagem, "Hydroman", também de Gedeone. De acordo com o autor, o visor do herói foi inspirado no usado pelo vilão Slits da tira Terry e os Piratas de Milton Caniff. Com o cancelamento da revista, Raio Negro ficou no limbo. Mas ele foi um herói de sucesso, um personagem que marcou a mente de muitos leitores da época. Em 1982 muitos fãs ainda lembravam do personagem. Foi quando a editora Grafipar, de Curitiba, que só trabalhava com quadrinhos brasileiros, decidiu que já era hora de providenciar o retorno do herói. Fizeram um teste e lançaram um coletânea de algumas histórias da década de 60, com uma nova capa pintada por Watson Portela. Infelizmente, a crise econômica (recessão) da época acabou falindo a Grafipar. Anos mais tarde, uma nova tentativa foi feita, desta vez pela editora ICEA. Infelizmente, também fracassou. Em 1998, a revista “Metal Pesado”, especialista em quadrinho brasileiro, publicou em sua edição nº 06, uma aventura do Raio Negro.











F  I  M

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