(COMPLETO) ÁLBUM DE FIGURINHAS DANIEL BOONE / 1967 EDITORIAL FHER S.A / Aproveitando o sucesso da série de televisão, a editora espanhola Fher dedicada em grande parte, a lançamentos infanto-juvenis como álbuns de figurinhas, livros infantis, bonecas de papel, quadrinhos e livros didáticos, publicou em 1967, o álbum de figurinhas da série Daniel Boone, em espetaculares fotografias. Total de 162 figurinhas. Uma inesquecível série produzida para a televisão, da 20th Century Fox Television, de 1964 à 1970 em 6 temporadas conseguindo manter o ritmo de aventura até o final em seus 165 episódios de 50 minutos de duração. Produtor executivo foi Aaron Rosenberg, produção de George Sherman, e sua trilha sonora musical de Lionel Newman e Vera Watson, até hoje é lembrada pelos fãs da série através de assovios ou acordes musicais caseiros. aqui no Brasil, as grandes emissoras da época, exibiram a série (TV Tupi / TV Record / TV Globo, obviamente, com todas as afiliadas de seus estados). A Rede NBC exibiu originalmente a série na Tv americana, Um elenco fantástico, cujos atores se encaixaram perfeitamente nos personagens, e ressaltando no Brasil, a magnífica dublagem brasileira que ficou a cargo do estúdio Arte Industrial e Cinematográfica / AIC-SP.
O ator Fess Parker (Daniel Boone - vozes brasileiras de Arquimedes Pires e Chico Borges), Ed Ames (Mingo - voz brasileira de Carlos Alberto Vaccari), Patricia Blair (Rebecca Boone - voz brasileira de Áurea Maria), Darby Hinton (Israel Boone - vozes brasileiras de Maria Inês e Zezinho Cutolo), Dal McKennon (Cincinnatus - voz brasileira de Sílvio Mattos), Veronica Cartwright (Jemima Boone - voz brasileira de Maralise Tartarine), Robert Logan (Jericho Jones - voz brasileira de Olney Cazarré), Jimmy Dean (Josh Clements - voz brasileira de Jorge Barcellos), Albert Salmi como Yadkin somente na primeira temporada, Don Pedro Colley como Gideon, e o ex-jogador de futebol americano, Roosevelt Grier como o Chefe Gabe Cooper, que participou apenas da 6ª e última temporada de 1970.
Após o sucesso de alguns telefilmes da série Disneylândia com o personagem desbravador de fronteiras, Davy Crockett, estrelados pelo ator Fess Parker, e não querendo dar continuidade na saga do herói, a NBC resolveu não rodar na sequência, um produção televisiva relativa ao personagem, e não perdendo a oportunidade que estava à solta, outro estúdio teve a ideia de contratar Fess Parker e recriar a vida de outro herói marcante, retratando o lendário pioneiro americano Daniel Boone, pelo estpudio da 20ts Century Fox. A estréia americana foi no dia 24 de setembro de 1964, cujo personagem Daniel Boone, já contava com uma campanha de franquia que garantiu um sucesso imediato. A marca foi explorada em diversos produtos como lancheiras, gibis, brinquedos e até facas de borracha. Mesmo com tanto sucesso, muitas críticas apontaram contra aspectos considerados historicamente incorretos. O verdadeiro Daniel Boone, por exemplo, tinha 10 filhos e não dois (Israel e Jemina), além de não usar um chapéu de pele como na série.
Os produtores se justificaram negando a pretensão de retratar exatamente a vida de Boone ou a história do estado americano de Kentucky. A ideia foi de produzir um programa para toda a família. Mas, história e ficção se confundiram muitas vezes durante a série. Assim como o verdadeiro Daniel Boone, o da série era um homem capaz de lutar com punhos, mosquetes e facas para defender a si, a família e os amigos. Além dos frequentes conflitos com índios, Daniel também luta pela liberdade do país, secretamente envolvendo-se em missões contra os ingleses. A série se passa no final do século XVIII, é a época em que viveu o verdadeiro Daniel Boone, pioneiro e herói para o estabelecimento de colonos em Kentucky, durante a década de 1770. Nesta época, boa parte dos EUA ainda era despovoada e selvagem, havia muito a ser desbravado. Então, Daniel Boone (Fess Parker) saiu em caravana até o Kentucky, abrindo o caminho conhecido como Wilderness Road e fundando a comunidade Boonesborough. Lá, estabeleceu-se com a esposa Rebecca (Patricia Blair) e seus dois filhos, Israel (Darby Hinton) e Jemima (Veronica Cartwright).
Há também seu inseparável companheiro de aventuras, o índio Mingo (o cantor Ed Ames), um cherokee educado e amigo. Mingo fez tanto sucesso, que Ames costumava receber mais correspondênciaa dos fãs do que Parker. Também auxilia Boone com frequência o velho taberneiro Cincinnatus (Dallas McKennon). Ao longo das seis temporadas da série, Daniel Boone ganhou a companhia de outros parceiros esporádicos, como do jovem Jericho (Robert Logan), de Yadkin ( Albert Salmi), dos ex-escravos Gabe Cooper (Roosevelt Grier) e Gideon (Don Pedro Colley), e do caipira Josh (Jimmy Dean). As histórias mostram os problemas enfrentados por Daniel Boone, no seu papel de mediador entre colonos e índios, ou enfrentando caçadores de recompensas, de peles e oportunistas que tentam vender armas aos índios e que, ao mesmo tempo, destruíam suas casas. Também é visto a pureza dos antigos valores do povo norte-americano, a relação entre o homem branco e os índios, os métodos utilizados para que o território pudesse ser conquistado e famílias estão em busca de uma vida melhor. Daniel Boone teve uma grande produção, gravada em ambientes naturais.
Não é de estranhar o grande sucesso que ganhou o mundo inteiro e, claro, os EUA, onde, historicamente, a figura deste explorador de fronteiras é altamente venerada. Por um longo período dos anos 1960, a infância de grande parte do mundo cresceu com um personagem bem-humorado e cavalheiresco, que soube converter o personagem folclórico conhecido dos pioneiros americanos em um herói que todos queriam ser. O horário de exibição da série na NBC foi 19h30, desde a estreia até o último episódio. Daniel Boone soube se manter no topo da popularidade, competindo bravamente ao longo dos anos com séries como Batman, Ilha dos Birutas, Os Monstros, A Noviça Voadora, entre outras. O ator Fess Parker, nasceu Fess Elisha Parker Jr. no dia 16 de agosto de 1926, Fort Worth, no Texas. Estudou história na Universidade do Texas e Teatro na Universidade do Sul da Califórnia, lugar onde começou sua carreira cinematográfica, no início dos anos 50, com filmes de ação como “Springfield Rifle” (“Renegado Heróico”, 1952), um western com Gary Cooper (“Battle Cry”, 1955) e de ficção-científica como “Them!” (“O Mundo em Perigo”, 1954). Foi em meados desta década que Parker ganhou grande fama com o personagem de Davy Crockett, no filme “Davy Crockett, King on the Wild Frontier” (1955), seguido um ano depois por “Davy Crockett and the River Pirates”, sendo acompanhado em ambos pelo ator Buddy Ebsen. Com contrato encerrado com a Disney, Parker participou de um dos grandes filmes de aventura da década, “The Great Locomotive Chase” (“Tempera de Bravos”, 1956), e logo se tornou, por assim dizer, estereotipado como herói de aventura do campo ou do Oeste, sendo mais comprometido o seu filme “Old Yeller” (“Meu Melhor Companheiro”, 1957), de uma dramática história de amor entre um garoto e um cão selvagem, no extremo Oeste, com Fess no papel de pai doente. No início dos anos 60, com uma filmografia principalmente de westerns, Fess tentou iniciar a sua carreira na televisão.
Entre 1962 e 1963 atuou na série Mr. Smith Goes to Washington para a rede ABC, baseado no filme clássico do diretor Frank Capra (conhecido no Brasil como “A Mulher Faz o Homem”, 1939). Fess Parker fez o papel de Jefferson Smith, um inocente homem do interior que é levado a Washington por um grupo de políticos para se tornar senador dos Estados Unidos da América. Mas, apenas um ano após o cancelamento da série, o ator encontrou o sucesso no papel de Daniel Boone. Ele também gravou um álbum com canções de fronteira. Fess Parker aposentou-se de Hollywood três anos após o fim da série Daniel Boone. Contratualmente, ele tinha direito a 30% dos lucros da série e decidiu largar a profissão de ator. Tornou-se construtor imobiliário e proprietário da vinícola Fess Parker’s Winery & Vineyard, já que era apaixonado por vinhos, além de estudioso. Comprou um hotel em 1998 (The Grand Hotel) em Los Olivos, na Califórnia, hoje chamado de Fess Parkers Wine Country Inn & Spa. Fess Parker morreu aos 85 anos, de causas naturais, em sua casa em Santa Ynez, Califórnia, perto da Parker Fess Winery, em 18 de março de 2010. Foi casado com a mesma esposa desde 1960 (Marcella). Ed Ames (Mingo) foi atleta e ator em diversos trabalhos e graduado em artes na Universidade da Califórnia, Edmund Dantes Ames nasceu em 1927 e começou sua carreira como cantor na banda familiar Ames Brothers, muito popular. Ed deixou a música, mas estudou teatro e atuou na Escola Herbert Berghoff. Mais tarde, especializou-se sob a tutela de Tamara Doykharhanova, Lee Strasberg e Milton Katselas. Seu primeiro papel foi o de John Proctor, em uma versão de “The Crucible”, de Arthur Miller, montada fora da Broadway. Mais tarde, Ames teve um outro papel de protagonista no musical “The Fantasticks”. Mas sua consagração veio com a adaptação do romance de Ken Kesey, “One Flew Over the Cuckoo’s Nest” (“Um Estranho no Ninho”, 1975), produzido por Michael Douglas. Foi nessa época em que um contrato foi assinado com a Fox para um papel regular na série Daniel Boone. Após as filmagens, Ed voltou a cantar, passou a se dedicar ao tênis, ao estudo de idiomas (incluindo latin) e dirigir suas próprias companhias de teatro, como “Man of La Mancha”, “Fiddler on the Roof”, “Camelot” e outras. Além de aparecer como convidado em várias séries e continuar no mundo da música, Ed se dedicou nos últimos anos a causas humanitárias e ambientais. Recentemente, teve o prazer de ter o seu próprio rancho em Utah, onde se dedica a criação de cavalos. A série Daniel Boone é uma daquelas produções para se assistir com a família toda, cercado de amigos, recomendada para todas as idades, uma série que não tem prazo de validade! Na linha do sucesso da série, no mesmo ano de sua estréia na televisão americana, em 1964, a editora Gold Key, especializada em quadrinhos de desenhos animados com personagens da Tv e seriados famosos, não perdeu tempo, e lançou a série em edições mensais de 36 páginas coloridas, com fotos nas capas e contra-capas, sucesso imediato, claro!
F I M
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