ATENÇÃO: NO FINAL DA MATÉRIA, ASSISTA A 1 EPISÓDIO COMPLETO DO RECRUTA ZERO DOS ANOS 60, COM A DUBLAGEM ANTIGA DA ÉPOCA DE SUA PRIMEIRA EXIBIÇÃO NO BRASIL, DO ESTÚDIO AIC-SP (ARTE INDUSTRIAL E CINEMATOGRÁFICA), EXTRAÍDO (TELECINADO) DE ROLO DE FILME DE 16MM, DE ACERVO PESSOAL DE COLEÇÃO!
RECRUTA ZERO Nº 32 - 1966 RIO GRÁFICA EDITORA (RGE) / Em 4 de setembro de 1950, o cartunista Mort Walker lançou em 12 jornais americanos, “Beetle Bailey”, uma tira contando a estória de um simpático e preguiçoso universitário americano que por aqui no Brasil teve seu nome traduzido para Zero. No início, a tira mostrava Zero com os olhos abertos. Tudo girava em torno da rotina de universitários em uma grande faculdade. Infelizmente, as tiras de jornal, não estavam fazendo o sucesso anteriormente planejado, e a “King Features” já pensava em cancelar a série (sem que o autor soubesse) quando estourou a guerra entre EUA e Coréia e Mort Walker, em uma inspiração repentina, resolveu fazer o alistamento do Zero e realizar uma reviravolta com os demais personagens. Imediatamente, a tira passou a ser publicada para mais de cem jornais e não parou de crescer. O engraçado é que depois de anos, os executivos da “King Features” revelaram que essa idéia de se usar humor militar em pleno bombardeio, também não agradou a ninguém, e até pensaram em não comprar mais a idéia do personagem.
O Recruta Zero é publicado em jornais e revistas de vários países do mundo. No Brasil o personagem tinha revistas de qualidade até a década de 80. Atualmente ainda é possível encontrar revistas do personagem nas bancas. Em janeiro de 1954, terminado o conflito com a Coréia, o alto comando das forças armadas americanas resolveu banir o Recruta Zero das páginas do jornal militar que era enviado às tropas do Japão, o “Stars and Stripes”, alegando que Zero zombava do exército e era um exemplo de má-conduta aos soldados. O resultado foi de que milhares de soldados ficaram revoltados com a proibição e valorizando ainda mais o personagem para Mort Walker graças à polêmica gerada. O incrível é que os soldados e oficiais que adoravam o Zero, continuaram a ler o personagem em tiras recortadas de jornais americanos enviadas por seus pais e amigos, através da correspondência.
“E, mais uma vez, o exército acabou se rendendo a mais um monte de piadas”, ironizava Walker, seu criador. As histórias no quartel se baseiam no seguinte: Zero é um recruta preguiçoso que enfrenta todas as confusões, problemas e burocracias cotidianas de um Quartel (Swampy). Tem um sargento que não ai do seu pé, companheiros estranhos cheios de manias e vícios, e oficiais mais estranhos ainda. Todos, revela Walker, são personagens baseados em tipos que ele realmente conheceu quando serviu o Exército. Alguns personagens que não podemos esquecer de citar: Sargento Tainha, a sombra de Zero, adora bater nele, xingá-lo e pegá-lo para “cristo”. É boca-suja, gordo e violento, ama o exército mais do que tudo (com exceção, talvez, aos filmes de John Wayne) e morre de medo de mulheres. Vive grudado com seu cachorro Otto (nos desenhos animados da década de 60, chamava-se Valdo).
General Dureza é autoritário, burocrático, adora golfe e se diz ou se sente o mais poderoso do quartel. Depois de sua mulher, Martha, que manda nele. Tenente Escovinha é oficial novo, quer mostrar que sabe fazer de tudo e dar ordens a todos, mas ninguém o respeita em função de sua pouca idade e de sua chatice. Dentinho, esse recruta, é um dos melhores amigos de Zero, tem o cérebro de uma ostra e não faz absolutamente nada certo. Quindim é outro amigo do Zero, o garanhão e o “galinha” da turma. Com o sucesso da turma nos quadrinhos, em 1963 a King Features Syndicate resolveu levar a turma toda para a televisão, resultando também em um sucesso de público na época, juntamente com o lançamento de outros 2 desenhos clássicos produzidos por eles, como “Krazy Kat”, que aqui no Brasil ganhou o nome de “A Gatinha Manhosa”, e “Snuffy Smith and Barney Google”, denominado de "Capim Gordura", exibidos pela primeira vez no Brasil através da TV Tupi.
A distribuição no Brasil ficou a cargo da Telesistema Filmes, versão brasileira da excelente AIC – São Paulo (Arte Industrial e Cinematográfica). A distribuição original ficou a cargo da “Paramount Studios”, em conjunto com a “Famous Studios”, e “Rembrandt Studios”, sindicalizadas da King Features. Foram produzidos 50 episódios de 4 minutos de duração do Recruta Zero, recheados com o mesmo bom humor dos quadrinhos. Infelizmente a antiga dublagem brasileira foi perdida entre os anos em que o lote de desenhos não foi renovado para exibição. Não se sabe ao certo até hoje, o que ocorreu com o áudio antigo da AIC – São Paulo. Na época, eram rolos de películas de 16mm, e talvez nunca mais saibamos o que ocorreu de verdade. A justificativa mais usada é dos acidentes com incêndios que aconteceram, e a má conservação. Tenho talvez, os últimos 2 desenhos telecinados em VHS dos originais em 16mm que encontravam-se jogados em um tambor de lixo na grande São Paulo há 26 anos atrás, próximo a uma grande emissora de televisão, após receber uma ligação telefônica sobre o fato, fui buscá-los. São os episódios 38 (The Diet - O Regime) e 46 (The Play’s The Thing – El Matador) do 2º ano de produção.
ATENÇÃO: ASSISTA A 1 EPISÓDIO COMPLETO DO RECRUTA ZERO DOS ANOS 60, COM A DUBLAGEM ANTIGA DA ÉPOCA DE SUA PRIMEIRA EXIBIÇÃO NO BRASIL, DO ESTÚDIO AIC-SP (ARTE INDUSTRIAL E CINEMATOGRÁFICA), EXTRAÍDO (TELECINADO) DE ROLO DE FILME DE 16MM, DE ACERVO PESSOAL DE COLEÇÃO!
F I M
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