BRASINHA Nº 3 / 1971 - Uma criação de Alfred Harvey, e tendo como principais desenhistas, Howard Post e Warren Kremer, esse diabinho pertencente ao universo da HARVEY COMICS, é apenas mais um personagem que tradicionalmente assustaria às crianças, mas que na verdade a garotada curtia demais, algo que seria normal que uma criança pequena se assustasse com fantasmas como Gasparzinho e Lelo, feiticeiras como Luíza, a boa bruxinha entre outros da editora, e também dos desenhos inesquecíveis da HARVEYTOONS. Mas a Harvey Comics sempre fez de seus monstros, amigos e brincalhões ao máximo, e Brasinha é um dos melhores exemplos! Sua primeira aparição foi em Outubro de 1957, e na capa, Brasinha perguntava: Eu sou Brasinha... Quem é você?, enquanto no desenho, a capa do gibi estava sendo queimada (infelizmente, não tenho conhecimento se essa capa original, chegou a ser publicada no Brasil por algumas das editoras que lançaram sua revistinha própria.
(EDIÇÃO ORIGINAL DE BRASINHA Nº 01)
A Pixel Editora, recentemente, lançou algumas histórias compiladas, e com a edição nº 1, igual a capa americana, porém, sem a frase de impacto. Naquela época a Harvey tinha muita confiança no seu novo personagem pois lançou Brasinha como estrela principal, e não como personagem secundário do elenco de estrelas da Harvey. Uma característica marcante de Brasinha no mundo Harvey era que ele não contracenava com outros personagens, a não ser por duas ou três vezes em que dividiu a cena com Miudinho e Gasparzinho. Brasinha reinava absoluto em seu mundo repleto de ogros, gnomos, gigantes, fadas e outros diabos. O personagem secundário da maioria dos títulos publicados do Brasinha, foi sem dúvida o Miudinho, que surgiu na edição de número 3, porém, tinha suas próprias histórias. O humor inventivo e direto de Howard Post dominou os temas das histórias durante anos. Warren Kremer também obteve sua contribuição nas histórias do Brasinha, mas construiu sua reputação, ilustrando as histórias do Miudinho por muitos anos.
O grande destaque fica por conta dele ter sido o responsável pela maioria das capas das revistas do Brasinha. Um fato curioso sobre ele, é principalmente por nunca ter estrelado um desenho animado ou ainda por nunca ter sido contratado para merchansing de produtos. Uma série de desenhos animados foi ao ar nos anos 60 e depois novamente nos anos 70, mas as supostas ligações satânicas do personagem, imediatamente o tiraram do ar. Uma espécie de cultura mística rondou o personagem, deixando mais famoso, porém, assimilado como mascote de gangues de drogados e bikers, por conta de suas conexões satânicas. Aqui no Brasil, nada disso foi considerado, ele foi pura diversão e entretenimento para crianças e jovens que despertavam para o interesse dos quadrinhos numa época em que as pessoas que liam quadrinhos, eram discriminadas de alienadas e vagabundas.
Apesar disto tudo, o que se acompanhou durante anos, foram excelentes histórias do Brasinha, principalmente quando de sua primeira vez, pela Editora O Cruzeiro, em formato americano. No Brasil, o Brasinha foi editado pela Empresa Gráfica O CRUZEIRO S.A., tendo como diretor-secretário em 1964, Austregésilo de Athayde.Mas também, foi publicado pelas editoras Vecchi e pela Rio Gráfica Editora (RGE).
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